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  • HENRIQUE BERNADELLI (CHILE, 1858-1936, RJ) - ´´ESTUDO BULANGO´´ - Raríssimo e delicado desenho executado finamente em técnica de grafite sobre papel, representando expressiva figura masculina. Assinado e datado de 1909 Rio no canto inferior central. Bom estado de conservação. Mede 32 x 39,5 cm. NOTA SOBRE O ARTISTA: Henrique Bernardelli (Valparaíso, 15 de julho de 1858  Rio de Janeiro, 6 de abril de 1936) foi um pintor, desenhista e professor da Escola Nacional de Belas Artes (Anba) no Rio de Janeiro. Umas das obras mais emblemáticas do pintor é o retrato de Machado de Assis para a Academia Brasileira de Letras. Vida e obra Duração: 1 minuto e 42 segundos.1:42As obras dos irmãos Henrique e Rodolfo Bernadelli, no Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro. Imagem do Fundo Documental Agência Nacional Henrique Bernadelli nasceu em Valparaíso, no Chile, em 1858 e se mudou com seus pais e irmãos - o escultor Rodolfo Bernardelli (1852-1931) e o violonista e pintor Felix Bernardelli (1862-1905) - para o Rio Grande do Sul, no Brasil, no começo da década de 1860. A família transfere-se para o Rio de Janeiro em 1867. Em 1870 matriculou-se, juntamente com o irmão Rodolfo, na Academia Imperial de Belas Artes, estudando com pintores de destacada importância, como Victor Meireles e Agostinho José da Mota. Henrique torna-se aluno de Zeferino da Costa (1840-1915), Agostinho da Motta (1824-1878) e Victor Meirelles (1832-1903).1Em 1878 naturalizou-se brasileiro para poder concorrer ao Prêmio de Viagem à Europa concedido pela AIBA. Após perder o prêmio para Rodolfo Amoedo, viajou para Roma, em 1878, com recursos próprios. Em Roma, estuda e frequenta o ateliê de Domenico Morelli (1826-1901), entrando em contato com as obras de artistas como Francesco Paolo Michetti e Giovanni Segantini.2Ao retornar ao Rio de Janeiro, em 1888, Henrique realiza uma série de exposições individuais e participa na Exposição Universal de Paris no ano seguinte, ganhando medalha de bronze com a tela Os Bandeirantes; em 1890, da Exposição Geral das Belas Artes, onde destaca-se com obras como Dicteriade, Tarantella e Calle de Venezia; e em 1893, da Exposição Universal de Chicago, com Messalina, Mater e Proclamação da República. É neste momento que as obras Tarantela (1886), Maternidade (1878), Messalina (1880), Modelo em Repouso (ca.1881) e Ao Meio Dia são apresentadas ao público.1Em 1891 tornou-se professor de pintura na recém-inaugurada Escola Nacional de Belas Artes e encerra seu contrato em 1905. Henrique deixa de lecionar na faculdade alegando que a instituição precisa renovar seus quadros periodicamente. Ele e seu irmão Rodolfo passam a lecionar em um ateliê particular no Rio de Janeiro. Lucílio de Albuquerque (1885-1962) e Georgina de Albuquerque (1885-1962), Eugênio Latour (1874-1942), Helios Seelinger (1878-1965) e Artur Timóteo da Costa (1822-1922) são um dos seus principais alunos de destaque.2O artista manteve vivo o contato com a cultura figurativa italiana, viajando constantemente para cidades como Roma, Nápoles e Veneza. Lecionou na Escola até ser substituído por Eliseu Visconti, em 1906, passando então a dar aulas particulares em seu ateliê, recebendo concomitantemente encomendas particulares.carece de fontesEm 1916, conquistou uma das mais altas premiações a que um artista plástico pode aspirar no Brasil: a medalha de honra. Foi também membro do Conselho Superior de Belas Artes, para o qual prestou relevantes serviços.carece de fontesGrande parte da obra de Henrique Bernardelli foi doada à Pinacoteca do Estado conforme mostra o seu último catálogo.3Vê-se uma herma sua na Praça do Lido, em Copacabana, obra do escultor Leão Veloso.Em 1931, o Núcleo Bernardelli, em homenagem aos professores Henrique e Rodolfo, foi criado por diversos pintores insatisfeitos com o modelo de ensino da Enba que buscavam criar um grupo voltado ao aprimoramento técnico e a reformulação do ensino artístico.4Retrato de Machado de AssisEm 1905, Henrique Bernardelli pintou o retrato a óleo oficial do escritor brasileiro Machado de Assis, transformando a obra em uma iconografia machadiana. A tela, segundo historiadores, foi uma encomenda para decorar uma sala da Academia Brasileira de Letras, tendo assim efeito publicitário - caracterizando o retrato pelo sua austeridade e impecabilidade mobiliária e roupa sofisticada. Henrique pinta Machado de postura firme, acentuando a linguagem clássica da pintura.5 O Doutor em Literatura, Victor da Rosa, traduz a ideia que o retrato procura passar da seguinte forma:6Dessa vez Machado aparece não mais como o escritor em ascensão (...) e sim como um verdadeiro burocrata das letras, canonizado pelas instituições, alguém que subiu todos os degraus possíveis no processo de legitimação dentro do sistema literário.Atualmente, o retrato ainda se encontra na sala da Academia brasileira de Letras, junto com o busco de bronze de Machado, feito pelo escultor Jean Magrou.carece de fontesHenrique Bernardelli e o Museu PaulistaCiclo da caça ao índio, no acervo do Museu PaulistaCom o centenário da independência do Brasil (1922), o historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, então diretor do Museu Paulista, aproveitou a data comemorativa para colocar em prática um projeto voltado à memória da nacional. Taunay elaborou a organização de oito salas voltas a memória paulista de forma linear e evolutiva. Para isso, o diretor convidou alguns pintores, sendo Henrique Bernardelli um dos convidados mais ilustres. Em 1921, Bernardelli e Rodolpho Amoedo, ambos com sessenta e quatro anos, foram convidados - já que pertenciam a Escola Nacional de Belas Artes (Anba) no Rio de Janeiro. Na época, Henrique não lecionava mais na Anba, mas recebia encomendas oficiais, como o retrato do presidente Epitácio Pessoa, feito no mesmo ano.7A primeira versão do quadro O Ciclo de Caça ao Índio foi rejeitada por Taunay pelo cachorro que acompanhava o bandeirante e o chicote de couro em sua mão. Tais objetos poderiam desvalorizar a imagem do bandeirante, o que não correspondia com a imagem heroica que o diretor queria transmitir. Para Maraliz de Castro Vieira Christo, Doutora em História pela UNICAP, Henrique Bernardelli entrou em um conflito ter que retratar o bandeirante como herói sem mostra-lo como um algoz caçar do índio, tendo em vista a simbologia do mesmo que a partir da metade do século XIX passou a ser visto como "simbolo nacional, não podendo ter sua imagem associada ao canibalismo e à barbárie, que, antes, justificava a sua caça e seu aprisionamento".7A solução, segundo a Doutora, foi minimizar o enfoque relativo a escravidão indígena, deslocando a atenção para o sofrimento do homem branco no processo "civilizador". Assim, encontramos uma humanização do bandeirante e o retratando como um ser predominantemente vencido pela natureza (contrapondo-se ao projeto do Museu Paulista).7Obras DecorativasHenrique também é responsável por importantes trabalhos decorativos, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.carece de fontesOs painéis O Domínio do Homem sobre as Forças da Natureza e A Luta pela Liberdade, para a Biblioteca Nacional e o teto de uma das salas do Theatro Municipal (1908),8 ambos no Rio de janeiro, são referência da pintura brasileira do século XX. O edifício do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) também teve a obra de Henrique em 22 medalhões em afresco que adornam sua fachad
  • Belíssimo e clássico vaso em vidro artístico de Murano design dito Napoleão de linda tonalidade, feitio gomado com bolhas, pó de ouro espalhado e linda borda. Itália século XX. Perfeito estado de conservação. Mede 13,5 cm de altura x 14,0 cm de comprimento x 11,0 cm de largura.
  • Grandiosa e belíssima ânfora executada finamente em antiga porcelana, adornada por riquíssimo trabalho pintado á mão de motivos florais e fauna com riquíssimos filetes e coberturas á ouro. Assinada e datado de 2000 na base. Perfeito estado de conservação. Mede 42,5 cm de altura x 16 cm de diâmetro da base.
  • BELÍSSIMA MAGEM EM MADEIRA REPRESENTANDO NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO COM EXPRESSIVOS OLHOS DE VIDRO, LINDO RESPLENDOR DE METAL PRATEADO, RICO ENTALHE, MOVIMENTO E POLICROMIA. ELEVADA SOBRE ELGANTE BASE NO FORMATO DE PEANHA. BRASIL, BAHIA FINAL DO SÉC XVIII. EXCELENTE ESTADO DE CONSERVÇÃO. MEDE APROX 26 CM DE ALTURA.
  • CLÁSSICO BROCHE/PINGENTE CAMAFEU COM ARMAÇÃO EM PRATA DE LEI TEOR 800 DE EXCELENTE OURIVESARIA, ADORNADO POR RICO TRABALHO EM RARA CONCHA SARDÔNICA REPRESENTANDO BELA IMAGEM DE NOSSA SENHORA. ITÁLIA INICIO DO SÉC XX. PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. MEDE APROX 2,2 X 1,6 CM.
  • CACIPORÉ TORRES (ARAÇATUBA-SP, 1935) - 2/20 - Raríssima e linda gravura, representando bela cena abstrata rica em movimentos e tonalidade vermelha vibrante. Assinada no C.I.D. Mede 25,0 x 35,0 cm. Enquadrada em moldura de madeira com vidro para conservação da obra medindo 38,0 x 48,0 cm. Perfeito estado de conservação. NOTA SOBRE O ARTISTA: Caciporé de Sá Continho da Lamare Torres é um escultor, desenhista e professor brasileiro, agraciado com a Comenda Mário de Andrade pelo Governo do Estado de São Paulo, na gestão de Paulo Egydio Martins.1 Apesar de Caciporé ser um artista premiado pelas mais célebres instituições brasileiras, ter participado de importantes mostras internacionais e ser reconhecido como um dos mais relevantes artistas do Brasil pelos historiadores e críticos, ainda existe a necessidade de um estudo aprofundado que o eleve a sua verdadeira importância.2Trilho, Ritmo e Vibração (1991), escultura de Caciporé Torres exposta na estação Santa Cecília.A ampla produção do escultor vem sido acompanhada com vasto interesse pela crítica, desde o final da década de 40. Além disso, a obra de Caciporé, frequentemente, torna-se tema de estudo e trabalho em cursos de graduação em Arquitetura e Artes Visuais. Como a bibliografia existente sobre ele é incompleta e dispersa, diversos pesquisadores, críticos, professores e estudantes buscam mais informações e tentam compreender melhor seu trabalho.2Contudo, sua brilhante carreira torna necessária uma sistematização onde seja revelado o percurso do artista, começando por uma análise de seu perfil psicológico, da formação e sobre suas principais apreensões, para depois explorar a maneira pela qual esses elementos são incorporados em suas obras, e se inserem no contexto histórico da arte brasileira.2A produção artística de Caciporé tem como característica mais marcante a utilização de materiais industriais, em especial o aço e o ferro; frequentemente no estado de sucata, para depois serem cortados, lixados, vergados, moldados, soldados e pintados pelas mãos do artista. Com uma linguagem escultórica única, ele constrói formas abstratas, brutalistas, ásperas e, por diversas vezes, de proporções monumentais.2Por meio do estudo a respeito de sua trajetória e de suas ideias, passa a ser possível compreender de maneira mais clara a história cultural recente da cidade de São Paulo e do Brasil, pois o artista teve um papel de destaque em importantes instituições brasileiras durante seu período de formação, como exposições periódicas, museus e instituições de ensino.2Além da expressividade artística de Caciporé, e de seu testemunho no processo de formação histórica dessas instituições, ele se estabeleceu desde cedo como uma figura influente, que passaria a assumir posições políticas em relação a arte e a cultura. O escultor também teve um papel importante na formação de critérios e talentos, sendo um personagem que agregou bastante para os artistas mais expressivos de seu meio.2A carreira artística de Caciporé começou muito cedo. Em 1948, com apenas 17 anos de idade, ele expôs seus trabalhos pela primeira vez, no XII Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Em 1951, conquistou a Medalha de Ouro no I Salão Paulista de Arte Moderna e ganhou, na I Bienal de São Paulo, uma bolsa de estudos na Europa.2BiografiaCaciporé Torres nasceu em Araçatuba, no dia 10 de março de 1932, período em que sua família vivia na cidade para escapar da repressão política.2Radicado em São Paulo, era filho da pianista Violeta de Sá Coutinho Torres e do jornalista e advogado, Paulo de Lamare Torres. Além da irmã Poranga, Caciporé teve um irmão,  falecido ainda na infância, cujo nome era Peri.2 O pai de Caciporé era membro do Partido Comunista Brasileiro. Por esse motivo, ele foi perseguido e preso pelo governo de Getúlio Vargas. Em razão disso, a família do artista mudava constantemente de cidade.2Os pais de Caciporé escolheram seu nome em um dicionário guarani, elaborado por um padre peruano chamado Antonio Ruiz de Montoya, porque queriam que seu filho tivesse um nome autenticamente brasileiro.2Desde pequeno, o escultor foi incentivado a manter contato com a arte, recebendo uma formação erudita e moderna. Os pais de Caciporé perceberam seu entusiasmo pelo desenho e modelagem quando ele ainda era um menino, e não podia frequentar escolas de formação. Assim, seu pai, que era um dos fundadores do Clube de Artistas Modernos, decidiu colocá-lo para atuar como discípulo de artistas importantes, para que ele aprendesse enquanto ajudava seus mestres a executar seus trabalhos.2Durante esse período, Caciporé trabalhou com artistas como José Cucé, Joaquim Figueira, Di Cavalcanti, Aldo Bonadei e Hilde Weber. Mestres que lhe permitiram participar nas obras da Catedral da Sé, descobrir as lições da academia, entrar na era da modernidade das esculturas e estudar desenho.2Esses aprendizados forneceram ao artista seu atual conhecimento acerca da anatomia humana, das técnicas de modelagem e do desenho, que lhe ajudam a representar a realidade de forma fiel em suas próprias esculturas. Isso pode ser notado na obra Príncipe Philip da Dinamarca, peça esculpida por Caciporé em 2002, sob encomenda da embaixada desse país.2Caciporé Torres ganhou uma bolsa de estudos durante a 1ª Bienal Internacional de São Paulo, de 1951, e durante dois anos frequentou os ateliês de escultura de Marino Marini (1901-1980) e Alexander Calder (1898-1976).1Em 1956, o artista foi morar na França com sua família, onde permaneceu até o ano de 1959. Época em que aprofundou seus conhecimentos em francês, na Alliance Française, e fez cursos sobre História da Arte e Civilização Francesa, na Universidade de La Sorbonne, em Paris.2 Nesse período, trabalhou em um ateliê e começou a desenvolver obras de caráter mais abstracionista. Passou a utilizar peças metálicas como aço, bronze e ferro para construir formas orgânicas e geométricas, com aparência industrial. 1Nesse mesmo ano, o artista casou-se com sua prima, Helena Alcina de Sá Coutinho Borges da Fonseca, naquele que seria o seu primeiro matrimônio.2Na cidade de Bruxelas, Bélgica, Caciporé estagiou em uma indústria metalúrgica, atuando como operário, onde aprendeu a fundir bronze e ferro, com o intuito de aprimorar sua técnica de trabalho com metais.2No ano de 1970, Caciporé foi eleito presidente da Associação Internacional de Artes Plásticas da Unesco.1Entre os anos de 1961 e 1971, Caciporé lecionou escultura na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e, depois dessa data, também deu aulas na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie,  instituições localizadas na cidade de São Paulo.1ObraCaciporé Torres é o escultor com o maior número de obras expostas em espaços públicos no Brasil. São por volta de 80 trabalhos. A maioria está em São Paulo, a exemplo das esculturas que podem ser encontradas no Largo São Bento, no Museu de Arte Moderna (Parque Ibirapuera), na Praça da Sé e na Estação Santa Cecília. 3Segundo Guido Arturo Palomba, ao serem contempladas, as peças do artista causam, instantaneamente, impacto por conta de sua forma, cor, acabamento e até mesmo pelo equilíbrio transmitido pelo seu conjunto. As que têm grandes dimensões se destacam justamente pela integração que possuem com o espaço arquitetônico das cidades e locais com o qual interagem. Para Guido, Caciporé possui um senso estético rebuscado, refletido em suas esculturas intrigantes e chocantes.4De acordo com o autor, o processo criativo de Caciporé é composto por duas fases essenciais: a intuitiva e a racional disciplinadora (presente durante a elaboração de seus esboços). Ambas levam ao clímax de sua produção artística, que busca transmitir harmonia, equilíbrio e integração. Após atingir esse ápice, ele considera a construção terminada e se sente realizado esteticamente. Esse processo reflete a inquietação criativa comum no universo dos mais distintos artistas.4As obras de Caciporé Torres são bastante valorizadas nos mercados de arte, principalmente por causa da alta demanda dos colecionadores, que as disputam em concorridos leilões, sejam presenciais ou online. Tais peças são comercializadas até mesmo em Miami, pela galeria Durban Segnini.4Palomba destaca o fato de Caciporé ser um artista genuíno, com linguagem própria, que ao soldar o aço, sua matéria- prima fundamental, para produzir uma peça, consegue refletir sua essência como pessoa e se manter fiel às suas peculiaridades artísticas. Dessa maneira, o escultor demonstra sua genialidade, e produz pela  necessidade indispensável que sente de produzir.4Oscar D´ Ambrosio ressalta o fato da responsabilidade criativa de Caciporé estar presente na maneira em que ele lida com as cores e formas, até mesmo nos seus trabalhos dimensionais. Assim, o autor realiza uma comparação entre as produções do artista, feitas com aço ou bronze soldados, e as obras do deus romano Hefesto (associado mitologicamente ao labor de ferreiros e pessoas que lidam com forjas), pelo fato de ambas apresentarem características semelhantes, em especial, a junção da paixão ao rigor. 5Para o autor, Caciporé consegue assim transpassar leveza em suas esculturas, principalmente, por unir o ser ao saber durante suas construções. Obras como Vitória, são um claro exemplo dessa ocorrência, quando as asas vermelhas "surgem a ganhar o espaço". Nessa peça, existe também uma bem elaborada assimetria e a sugestão de um movimento ascensional, características que geram o menciona efeito de conquista de espaço e impede o desequilíbrio.5Já a obra denominada Bandeira, negra e vermelha, peça que possui mais de dois metros de altura, cria uma espécie de portal, no qual seus blocos encontram-se dispostos de modo a dar a noção de domínio plástico do universo que a circunda. Essa peça estabelece formas que são agradáveis ao olhar e levam o observador a indagar como elas foram feitas, justamente por conta da combinação de seu material com as cores utilizadas.5De acordo com a análise de Ambrosio, obras feitas em bronze, como é o caso de A origem de tudo e O caminho, apresentam uma faceta em que o trabalho do artista se dá mais na forma de blocos. O que, no entanto, não significa rusticidade ou a existência de um peso insuportável de ser carregado.  Há também, em ambas, uma encantadora humanidade pela qual a matéria é apropriada, trabalhada e logo depois devolvida ao observador.5A facilidade que Caciporé possui em trabalhar com a verticalidade pode ser notada nas obras A lasca e Coluna etrusca. Assim, seus trabalhos apresentam um permanente diálogo com essa forma de enxergar o mundo. Ambrosio destaca que "é como se elas quisessem- e de fato pudessem- se descolar da terra e do mundo, criando uma nova atmosfera, quase uma nova dimensão".5Nesse sentido, Oscar também revela que a peça Butterfly 1 é exemplar, pois consegue alcançar o que diversos escultores desejam: "o de dar ao seu ponto de partida material uma nova angulação e termos denotativos e conotativos". Ou seja, a sua matéria prima inicial, no caso o aço, torna-se a própria matriz para a construção de mensagens que podem ser reconhecidas como simbólicas.5Prêmios e ExposiçõesCaciporé possui um currículo extenso, com exposições na Quadrienal de Roma, nas Bienais de São Paulo e de Veneza, bem como em diversos outros países, tendo como exemplo Estados Unidos, Austrália, Suíça, Venezuela, Paraguai e Iraque. O artistas também participou de mostras importantes em museus, nos quais suas obras fazem parte do acervo permanente, caso do Masp, MAM, MAC e Mube.4A lista se estende, confira abaixo outras exibições nas quais o escultor fez parte6Principais Individuais1955 - Museu de Arte de São Paulo, SP.1957 - Terry Clune Gallery, Sydney, Austrália.1964 - Galeria Atrium, SP.1969 - Galeria Mirante das Artes, SP.1971 - Museu de Arte de São Paulo, SP.1980 - Galeria Arte Aplicada.1982 - Galeria Singular, Porto Alegre.1989 - Museu Brasileiro da Escultura (pré-inauguração).1989 - Exposição em Washington, USA.1999 - Galeria Casa da Fazenda, SP.Principais Coletivas1951 - I Bienal Internacional de São Paulo - Prêmio Viagem à Europa.1954 - II Bienal Internacional de São Paulo - Prêmio Aquisição do Museu de Arte Moderna, SP.1955 - Bienal Veneza, Itália.1956 - III Bienal Internacional de São Paulo.1957 - Maison D´Amerique Latine, Paris, França.1958 - VI Bienal Internacional de São Paulo.1960 - VIII Bienal Internacional de São Paulo - Prêmio Itamarati.1972/75/78/88 - Panorama da Arte Atual Brasileia, MAM, SP.1976 - Bienal dos Jovens, Paris, França.1978 - Quadrienale de Roma, Itália.1979 - Sculpture in Exhibition, Budapeste, Hungria.1983 - 50 Anos de Escultura no Espaço Urbano, Globo/Funarte.1984 - O Objeto Inusitado, Museu de Imagem e do Som, SP.1987 - Mostras - Paulistas em Brasília, DF.1994 - Brasil Século XX, Fundação Bienal, SP.1987 - Mostras - Paulistas em Brasília, DF.Além disso, ele recebeu diversas premiações, incluindo61980 e 1982 - melhor escultor brasileiro pela Associação Paulista de Críticos de Artes1 (APCA)Prêmio de Viagem à Europa da I Bienal de São Paulo.Salão Abril, MAM/Rio.Salão de Arte Moderna, Brasília, DF.Prêmio APCA de melhor escultor 1980/82.
  • MURANO - Espetacular, lindo e grande vaso em vidro artístico de Murano, design clássico de bela tonalidade, feitio gomado rico em movimentos adornado por lindas e raras folhas em relevo com bolhas e pó de ouro espalhado. Perfeito estado de conservação, Mede 29,0 cm de altura x 21,0 cm de diâmetro da borda. Itália, Século XX.
  • Imponente e lindíssimo abajur finamente executado em vidro artístico de murano de excepcional qualidade e manufatura, design exclusivo com rico trabalho gomado, bolhas e pó de ouro. Fiação nova. Mede 60,5 cm de altura x 24,0 cm de diâmetro da base. Impecável estado de conservação.
  • SWAROVSKI - Impecável e lindo castiçal em cristal translúcido, rica lapidação facetada com extraordinária luminescência. Acondicionado em estojo original. Áustria, meados de 1980. Selado sobre a base. Perfeito estado de conservação. Mede aprox 10 cm de altura x 7,0 cm de diâmetro da base.
  • Elegante e antigo centro de mesa executado finamente em vidro artístico de murano de excepcional qualidade, design exclusivo rico em movimentos com ouro espalhado abaixo da peça. Mede 6,5 cm de altura x 21,5 x 20,5 cm da borda aproximadamente. Impecável estado de conservação.
  • IRÃ - 30 X 100 - Início do Séc. XX - Clássico e lindo tapete de oração, estilo Mihrab, apresenta cores vibrantes em vermelho, azul escuro e bege. Perfeito estado de conservação.
  • Elegante corrente em ouro 18 k teor 750, malha exclusiva com feitio de excepcional ourivesaria, adornada por rico trabalho e fino acabamento com bolinhas de coral natural. Itália séc XX. Excelente estado de conservação. peso 3.5 gramas . mede 38 cm de comprimento.
  • INOS CORRADIN com certificado - '' Família '' Belíssima escultura em terra cota de excelente qualidade escultórica , base em madeira . Assinado Inos em todas as peças. Conjunto em perfeito estado de conservação . Mede aprox 30 cm de altura x 23 cm de comprimento x 20 cm de largura da base. Acompanha certificado de autenticidade emitido pelo artista , autenticado em cartório. NOTA: artista premiado e catalogado. Nasceu em Vogna, na Itália, 1929. Estudou em Castelbaldo com Tardivello, e ao se mudar em 1950 para o Brasil fixou-se em Jundiaí. Desde 1952 participou de mostras coletivas como o Salão Paulista de Arte Moderna e o Salão Nacional de Arte Moderna, e entre 1954 e 1955 dedicou-se à cenografia. Já expôs individualmente na Itália, Israel, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, Argentina, Uruguai, Holanda e Canadá, além de, naturalmente, em várias cidades brasileiras. É pintor de paisagens, figuras e naturezas-mortas, praticando uma arte jocosa e humorada, tendendo à estilização e com bons recursos cromáticos. Vogna, Itália, 14/11/1929. Em 1986, Inos expôs na Galeria Noelle em Zurique/Suíça, e na Galeria Supersaxo em Martigni, Suíça. Em 1987, alem da exposição na Galeria de Arte André, expôs na Galeria Munsterberg, em Brasília/suíça. Últimas mostras: São Paulo SP - Impressões: a arte da gravura brasileira, no Espaço Cultural Banespa-Paulista (1998) / São Paulo SP - 4 Décadas, na Nova André Galeria (2001) / São Paulo SP - Paisagens do Imaginário, na Nova André Galeria (2002).
  • MAGNIFICA ESCULTURA EM MARFIM REPRESENTANDO GUEIXA COM RICA EXPRESSÃO, MOVIMENTO E LINDA POLICRÔMIA. JAPÃO SÉCULO XIX. PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. MEDE APROX 12,5 CM DE ALTURA COM A BASE. OBS: FORMA CONJUNTO COM OS LOTES Nº 279, 280 E 281.
  • MAGNIFICA ESCULTURA EM MARFIM REPRESENTANDO CAMPONÊS COM RICA EXPRESSÃO, MOVIMENTO E LINDA POLICRÔMIA. JAPÃO SÉCULO XIX. PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. MEDE APROX 14,5 CM DE ALTURA COM A BASE. OBS: FORMA CONJUNTO COM OS LOTES Nº 279, 280 E 281.
  • MAGNIFICA ESCULTURA EM MARFIM REPRESENTANDO SAMURAI COM RICA EXPRESSÃO, MOVIMENTO E LINDA POLICRÔMIA. JAPÃO SÉCULO XIX. PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO. MEDE APROX 14,5 CM DE ALTURA COM A BASE. OBS: FORMA CONJUNTO COM OS LOTES Nº 279, 280 E 281.
  • MURANO - Belíssima, charmosa e majestosa cornucópia executada finamente em vidro artístico de Murano de linda tonalidade azul, feitio em torceil gomado com bolhas e pó de ouro. Itália meados do século XX. Impecável estado de conservação, mede 49,5 cm de altura x 17,5 cm de diâmetro da base. OBS: FORMA UM BELÍSSIMO COMPOSE COM A CORNUCÓPIA DO LOTE 274.
  • SWAROVISKI - Impecável e elegante castiçal em cristal translucido, decorado com rica lapidação e extraordinária luminescência. Selado sobre a base Swarovski. Áustria, meados de 1980. Perfeito estado de conservação. Mede aprox 8,0 x 4,0 x 4,0 cm.
  • MURANO - Belíssimo vaso em vidro artístico de Murano, design exclusivo de bela tonalidade, feitio gomado com bolhas, pó de ouro espalhado e linda borda tiotada. Perfeito estado de conservação, mede 14,0 cm de altura x 12,5 cm de largura da borda.
  • Grande e lindo abajur candelabro executado em estanho de excelente qualidade e fundição nacional, adornado por belo trabalho rico em movimentos. Bom estado de conservação. Mede 61,5 cm de altura.

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